sábado, 29 de agosto de 2015

Superlua ocorre neste sábado. Aos românticos da astronomia: um espetáculo

29/08/2015 06h00 - Atualizado em 29/08/2015 06h00

Superlua ocorre neste sábado; saiba o que é e como observar

Fenômeno acontece quando lua cheia coincide com perigeu do satélite.
Perigeu é o momento em que a Lua está mais próxima da Terra.

Do G1, em São Paulo
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Casal observa a Superlua no Rio Misssouri, nos Estados Unidos (Foto: Charlie Riedel/AP)Casal observa superlua no Rio Misssouri, nos Estados Unidos, no ano passado (Foto: Charlie Riedel/AP)
Na noite deste sábado (29) será possível observar no céu o fenômeno conhecido como "superlua", que acontece quando ocorre uma lua cheia no período entre 24 horas antes ou depois de a lua atingir o perigeu (ponto mais próximo da Terra) de sua órbita. As informações são do astrônomoCassio Barbosa, do blog Observatório.
A órbita da Lua é elíptica, por isso a distância até nosso satélite natural varia. A menor distância até a Terra (chamada de perigeu) é bem diferente da maior distância (chamada de apogeu): o perigeu da Lua se dá por volta de 362.600 km da Terra e o apogeu, na média, por volta de 405.400 km.
Este ano haverá três superluas: em agosto, em setembro e em outubro. A primeira superlua, que tem o nome oficial de "lua do perigeu-sizígia", acontecerá neste sábado, dia 29. A Lua atinge sua fase de cheia 20 horas antes do perigeu.
"Toda vez que a Lua fica cheia perto do perigeu, ela parece 14% maior e até 30% mais brilhante. A diferença de tamanho não é tão perceptível, pois quando ela está alta no céu, não há nenhuma estrutura para comparação. Já a diferença de brilho é mais fácil de se notar", explica Cassio Barbosa. "Esse evento é um daqueles que não precisam de instrumento para apreciar, basta ir para um local aberto e olhar para a Lua."

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Vídeo motivador para os alunos classificados para OBMEP.

Para os alunos que farão a prova da 2ª fase da OBMEP 2015 em 12 de setembro vale a pena ver o vídeo sobre as experiências vividas por ex-alunos com histórico de premiação na OBMEP.


Acesse o link abaixo para ver o vídeo.


domingo, 23 de agosto de 2015

Relação dos Alunos Classificados para a OBMEP 2015 da Escola Estadual Dr Fernandes Lima

Foram 76 alunos classificados de um total de 1700 inscritos na primeira fase.
A 2ª fase da OBMEP 2015 ocorrerá no dia 12 de setembro (sábado) na Escola Afrânio Lages (CEPA). A preparação dos alunos será intensiva para obtermos um resultado digno da Escola Estadual Dr Fernandes Lima.





PARABÉNS A TODOS E VAMOS COM TUDO PARA A 2ª FASE.

PREPARAÇÃO INICIA NESTA SEGUNDA-FEIRA (24 DE AGOSTO).

Fonte: http://www.obmep.org.br/classificadosAlunosFase2.do?mecCode=27035948&x=0&y=0

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Asteroides Cybele podem ser migrantes

Com informações da Agência Fapesp -  

Asteroides Cybele
Na borda do cinturão principal de asteroides, entre as órbitas de Marte e Júpiter, há uma classe de objetos astronômicos chamada Cybele.
Essa classe de asteroides intriga os astrônomos por ter um baixo número de integrantes, a despeito de estar situada em uma região bastante estável do Sistema Solar, sem registro de grandes perturbações após as migrações planetárias.
Um grupo internacional de pesquisadores, coordenado por Valério Carruba, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Guaratinguetá, pode ter encontrado agora uma explicação para esse mistério.
Migração de Júpiter
"Nós mostramos, por meio de simulações numéricas, que asteroides como os Cybele, não podem ser primordiais, mas que chegaram à região onde estão hoje após o fim da última fases de migração planetária, durante o bombardeamento lunar tardio há, aproximadamente, 4 bilhões de anos [quando inúmeros asteroides impactaram a Terra e demais objetos do Sistema Solar]", disse Carruba.
"Isso poderia explicar porque há apenas 1,5 mil corpos Cybele conhecidos contra mais de meio milhão de objetos no cinturão principal de asteroides", afirmou.
Os pesquisadores fizeram as simulações numéricas da evolução dinâmica dos Cybele com base em cenários de migrações planetárias como o "salto de Júpiter".
Proposto por David Nesvorný, pesquisador do Instituto SRI, nos Estados Unidos, e um dos autores do artigo na MNRAS, o cenário de um "Júpiter saltante" - ou Júpiter pulante - estima que o planeta Júpiter se encontrou com um quinto planeta gigante e gasoso entre 3,8 e 4,2 bilhões de anos atrás. O choque teria feito com que o planeta gigante gasoso fosse ejetado e Júpiter "pulasse" para a região onde está localizado hoje.
Essa migração planetária fez com que toda a região onde a classe de asteroides Cybele está situada fosse afetada por uma série de ressonâncias de movimento médio entre corpos celestes - quando dois ou mais corpos em órbita exercem influência gravitacional um sobre o outro - que desestabilizaram e deixaram poucos objetos naquela área.
"Os objetos que estavam na atual região onde estão situados os asteroides Cybele hoje não poderiam ter sobrevivido a essa fase de migração planetária", afirmou Carruba. "Isso reforça nossa hipótese de que os objetos que estão hoje na região do Cybele chegaram muito depois dessa fase de migração planetária. Por isso são tão poucos em comparação com o número de objetos que há no cinturão principal de asteroides", estimou.
Asteroides Cybele
De acordo com o pesquisador, os objetos da classe Cybele são, em sua maioria, asteroides escuros, de baixa densidade e associados a grupos taxonômicos primitivos.
Muitos dos objetos são do tipo C - o tipo de asteroide mais comum -, com pouca capacidade de refletir luz, baixa densidade e associados a regiões mais externas do Sistema Solar.
"Os objetos do tipo C são menos evoluídos do ponto de vista químico e de composição e originam de corpos menos diferenciados ao longo de sua evolução", explicou Carruba.
Segundo o pesquisador, diversos asteroides binários e triplos - quando dois ou três asteroides companheiros possuem tamanhos similares - também foram identificados na região de Cybele. Entre eles o 87 Sylvia - um asteroide triplo associado com a família dinâmica de asteroides mais numerosa da região -, contou Carruba.
"Reidentificamos as famílias de asteroides na região do Cybele e conseguimos constatar, com algumas dúvidas, que uma nova família de asteroides, chamada Helga - proposta por um grupo de pesquisadores russos em 2014 -, é a que está situada mais longe na área do Cybele e pode ser o grupo mais externo do cinturão principal de asteroides", explicou. "Dessa forma, os Cybele podem se estender para mais longe do que se pensava."

Bibliografia:

Dynamical evolution of the Cybele asteroids
V. Carruba, D. Nesvorny, S. Aljbaae, M. E. Huaman
Monthly Notices of the Royal Astronomical Society
Vol.: 451 (1): 244-256
DOI: 10.1093/mnras/stv99