sexta-feira, 12 de julho de 2013

Fim do impasse: governo prepara licitação para concurso da Educação

06:50 - 10/07/2013Da Redação
Concurso para Educação prevê mais de três mil vagasConcurso para Educação prevê mais de três mil vagas
A empresa que irá elaborar, organizar e aplicar as provas do tão aguardado concurso da Secretaria de Educação e Esportes (SEE) deverá ser conhecida até a primeira quinzena de agosto. A garantia foi dada aoTNH1 pelo diretor-presidente da Agência de Modernização da Gestão de Processos do Estado (Amgesp), Israel Guerreiro, nessa terça-feira (9). A Amgesp está elaborando a minuta do edital do certame e enviará o documento à Procuradoria Geral do Estado (PGE), responsável por dar o parecer e liberar a abertura do processo de licitação. O concurso deve oferecer 3.477 vagas.
“Estamos trabalhando na minuta do edital para que a PGE dê seu parecer e nos autorize a fazer a licitação para o concurso. Com o edital tornado público, as empresas apresentam propostas. A melhor delas será a escolhida para realizar o concurso. Depois disso, a empresa que for a vencedora tem mais 30 dias para se preparar. Em seguida, serão marcadas as provas para o concurso, que deve sair ainda este ano”, destacou Israel Guerreiro.
Sem licitação - Defensor da escolha da empresa com dispensa de licitação, o secretario de Educação, Adriano Soares, publicou em sua página no Facebook que a Amgesp estava cuidando dos trâmites burocráticos para que o certame saia do papel.
Autorizado em outubro de 2012 e previsto para ser realizado ainda no fim do ano passado, o concurso para o preenchimento de 3.477 vagas para professores e técnico-administrativo da SEE ainda não foi realizado por conta de queda de braço entre o secretário da pasta, Adriano Soares, defensor do certame sem licitação, e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) e a PGE, ambos a favor da licitação. Adriano Soares chegou a anunciar que o Cespe/UNB seria o organizador do concurso, sem que o processo licitatório fosse feito.
No último dia 29 de maio, a PGE publicou parecer contrário ao processo sem licitação e provocou a divulgação de uma nota da secretaria, onde Adriano Soares voltava a defender o concurso sem licitação, alegando que não havia tempo e que o Cespe/UNB era a empresa mais qualificada para assumir o processo.
“A SEE se submete ao entendimento jurídico da PGE, órgão responsável para dar a última palavra sobre o controle da legalidade na Administração Pública Estadual. Todavia, do ponto de vista administrativo, defendia, como continua a defender, a realização do concurso público com a contratação da Cespe/UnB por dispensa de licitação por se tratar de instituição que tem larga experiência e respeitabilidade, tendo realizado os últimos certames para o cargo de juiz de Direito pelo Tribunal de Justiça de Alagoas, bem como para a contratação de servidores da Polícia Civil e Polícia Militar de Alagoas, todos com dispensa de licitação. A instituição é reconhecida pela sua notória especialização e lisura nos inúmeros certames que já realizou em todo o país”, dizia a nota do órgão.

Adriano Soares pede demissão da Secretaria de Educação

12/07/2013

O secretário Adriano Soares entrega hoje à tarde uma carta oficializando o seu pedido de demissão ao governador Teotonio Vilela Filho. 
“A Educação é maior do que qualquer homem. Eu não tenho mais condições objetivas de permanecer na Secretaria”, afirmou.
Soares garante que está deixando “a vida pública para me dedicar exclusivamente a minha atividade de advogado. Já dei a contribuição que me foi possível. É hora de mudar de rumo”.
O secretário se envolveu em uma grave polêmica, ontem, pelas redes sociais. Ele fez uma postagem em que trazia uma música grosseira, cantada pela apresentadora Eliana, do SBT, e destinada aos manifestantes desta quinta-feira.
Depois, retirou-a do ar.
Já era tarde.
A postagem já havia sido encaminhada às redações. Soares, em seguida, publicou um pedido de desculpas, conforme texto abaixo:
Publiquei hoje, aqui no Facebook, um texto infeliz em que postava uma música cantada pela apresentadora Eliana do SBT, com palavras de baixo calão. Não é uma postura que se espera de um homem público, ainda mais ocupando o cargo de Secretário de Estado da Educação, mesmo sendo em minha página pessoal no Facebook. Por essa razão, peço desculpas a todos que me dão a honra de me seguir aqui.
Ainda na noite de ontem, o secretário teve uma longa conversa com o governador e comunicou a sua decisão irreversível.  

Fonte: http://blog.tnh1.ne10.uol.com.br/ricardomota/, acesso em 12 de julho de 2013.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Nasa registra cauda do Sistema Solar

Astrônomos da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) registraram, pela primeira vez, a "cauda" do Sistema Solar. Assim como os cometas que vagam no espaço ou os meteoros que atravessam a atmosfera terrestre, a heliosfera (um campo magnético criado pelas emissões do Sol que protege os planetas da radiação espacial) também deixa um rastro de partículas.



Com três anos de dados do satélite Ibex, a equipe liderada por David McComas mapeou as fronteiras do nosso sistema e descobriu que há uma combinação de partículas em movimento na cauda dessa bolha: as mais rápidas ficam acima e abaixo (vermelho) e as mais lentas, nos lados (amarelo), deixando a estrutura toda retorcida devido à interação dos ventos solares (linhas azuis)  Nasa

Veja mais fotos.




domingo, 7 de julho de 2013

Aluno da Ufal recebe nota máxima em doutorado na Universidade de Lisboa

04 de Julho de 2013
Aluno da Ufal recebe nota máxima em doutorado na Universidade de Lisboa
Frederico Correia cursou a graduação e fez mestrado na Ufal

Trabalho duro e orientação foram determinantes no êxito de alagoano, que escolheu a Física como área de estudo
Jhonathan Pino - jornalista
Frederico Correia Moreira recebeu o título de Distinção e Louvor, após terminar o doutorado em Física pela Universidade de Lisboa. O reconhecimento representa nota máxima dada para os estudantes de pós-graduação no continente europeu. Frederico foi aluno da graduação e do mestrado em Física na Universidade Federal de Alagoas.
Cursou a graduação entre os anos de 2000 e 2005. Em 2006, foi aprovado no mestrado de Física da Matéria Condensada, mas após conhecer o trabalho de um professor visitante, com área de estudo em comum, na instituição lusitana, concorreu e foi selecionado para Programa Alßan da Comissão Europeia, que destina bolsas de estudo de alto nível para estudantes da América Latina. “Lá existia um grupo forte em Física não linear, em óptica, no meu caso. Eu entrei em contato com o professor ucraniano, Vladimir Konotop, que aceitou ser meu orientador”, relatou.
O aluno também alerta que além da iniciativa própria, falar inglês foi essencial para o seu êxito. “O doutorado lá é bem difícil, porque você não recebe apoio algum. O orientador é supervisor; ele não ensina, apenas avalia e indica os erros. Eu acho que é assim em toda a Europa. E mesmo que o professor falasse português, como a maior parte dos integrantes dos programas são estrangeiros, alguns deles russos, comunicávamos em inglês o tempo todo”, lembrou.
Outra medida que o auxiliou na conquista foi o acompanhamento da professora Solange Cavalcante, do Instituto de Física (IF) da Ufal. Ela o incentivou a procurar fazer doutorado fora do País, mesmo tendo que perder o aluno. “Procurar alguém que publique internacionalmente para ser seu orientador é ideal. O importante é expor quem você é e dizer o que está apto a fazer, além de trabalhar duro, porque muitos professores têm receio que os brasileiros façam corpo mole”, alertou Frederico.
Sobre o trabalho
O trabalho intitulado "Optical solitons in inhomogeneous quadratic media" estudou os solitons, ondas localizadas de luz que se propagam, ao contrário da luz comum, sem se dispersar. De acordo com Frederico, os solitons são objeto de grande interesse teórico e prático, por possibilitar a utilização da luz como meio de transformação de informação, a distâncias maiores que o usual.
Essas ondas também têm implicações sobre circuitos fotônicos, análogos de circuitos eletrônicos, que podem vir a operar em velocidades muito maiores. O doutorando foi o primeiro a estudar solitons em sistemas com simetria de paridade-tempo, possuindo linearidade quadrática.
“A tese tratou de solitons em meios localizados, tais como fibras óticas e meios periódicos, também conhecidos como cristais fotônicos. Materiais artificiais que confinam a luz. Mais ainda, a tese se concentrou em meios com ganhos e perdas óticas dispostos de maneira especial, possuindo simetria de paridade-tempo, que possuem características de sistemas conservativos e não-conservativos”, explicou o autor.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Pesquisa aponta que livros didáticos não condizem com provas de Física do Enem

02 de Julho de 2013
Pesquisa aponta que livros didáticos não condizem com provas de Física do Enem
Fabiano Santos constatou as falhas nos livros didáticos utilizados nas escolas públicas

Jhonathan Pino - jornalista
O desespero de muitos alunos quanto às questões de Física do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem explicação. De acordo com pesquisa realizada pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), grande parte dos livros didáticos utilizados pelos estudantes de escolas públicas apresenta fraca aproximação com as questões presentes nas provas do Enem.
O mestre Fabiano Santos chegou a essa conclusão após investigar o conteúdo da disciplina de Física, com ênfase na temática de energia e suas transformações. Os principais problemas constatados nos livros didáticos são que eles limitam esquemas e diagramas; trazem poucas veiculações e analises de textos C&T; faltam mais estratégias de identificação e de resolução dos diversos problemas; insuficiência de articulação com outras ciências e não abordam um contexto histórico e social”, detalhou Fabiano, que para chegar a essas conclusões, analisou 10 coleções de um total de 30 livros, sob a orientação do professor Elton Fireman, do Centro de Educação (Cedu) da Ufal.
Ele explica que após o ano de 2009, o Enem passou por transformações que exigiram maior número de competências dos estudantes, para a realização da prova: “Uma quantidade absurda de habilidades ampliadas: o que eram 21, hoje são 120 habilidades; é querer demais, tanto dos professores, quanto dos alunos”, desabafou. Essas habilidades são cobradas de forma interdisciplinar e contextualizada.
As dificuldades tornam-se maiores, porque apesar da compra dos livros didáticos de Física passarem pelo crivo do Plano Nacional de Livros Didáticos (PNLD/2012), 40% destas obras não abordam completamente o conjunto de competências contidas nas Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais, como representação e comunicação; investigação, compreensão e contextualização sociocultural. “Esses livros didáticos estão precisando passar por reformulações numa visão mais próxima com a realizada do Enem, mesmo aqueles que tiveram conceitos fortes ao exame”, defendeu o pesquisador.
Como forma de enfrentar essa realidade, professores estão buscando recursos didáticos mais próximos à proposta do Enem. Eles se utilizam de textos, artigos científicos, experimentos, jornais, vídeos e revistas, tentando, deste modo, suprir o material inexistente nas escolas.
Fabiano acrescenta que esse problema atinge em menor grau aos alunos das escolas particulares. “Isso se dá devido a sua autonomia para produzir e escolher seu próprio material didático, que são consumíveis e elaborados periodicamente. Já as escolas públicas dependem do PNLD, livros não consumíveis e com reposição a cada três anos. Por isso, as escolas particulares podem promover um material mais próximo ao Enem”, salientou.
Visando a sanar as dificuldades dos livros, Fabiano fez um texto de apoio aos professores de Física, disponível no anexo abaixo. O material disponibilizado também foi requisito para a conclusão do mestrado de Fabiano. O resultado foi apresentado em março deste ano.